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11 de janeiro de 2010 —

o ano 10

A virada do ano comemorada em um Festival Alternativo, onde a grande maioria das pessoas presentes tinha algo em comum: o amor pelo rock, pela arte, pela natureza, pela psicodelia. O Psicodália abriu o ano 10 pra muitas pessoas (cerca de 4mil pessoas acamparam lado a lado, e assim, também curtiram vários shows de bandas do Brasil todo). Mas o que me chamou a atenção foi a dinâmica do todo: acampamentos que formavam vilas, vilas que organizavam cozinhas coletivas, cozinhas vegetarianas e muita, muita arte por todos os lados.
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Me fez pensar muito nessa virada. Virada pra um fim de ciclo, para um ano 10! Para um começo de fim. Sem alardes, sem histerias, com consciência e vontade … o ano 10 começa como o esperado: problemas ambientais que cada vez mais afetam a todos nós: chuvas, terremotos, enchentes, calores repentinos, frio extremo. Enfim, se Copenhagen com seus figurões de terno não consegue propor mudanças, se as grandes multis-trans-nacionais continuam a manipular os interesses dos governantes, então mudemos nós. Sim, mudemos.
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Cada um que toma a consciência de que esse é mesmo o começo do fim, pode ter certeza, que o será para os que ainda acreditam que a sociedade que vivemos não pode ser a sociedade como queremos. Pois pra eles, as amarras do capital são fortes demais pra serem afroxadas, pra pararem de rodar a bobina da máquina infernal. Eu, como muitos, cada vez mais, acredito: posso ser o grão de areia que emperra a máquina infernal.

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Entender-se a si mesmo e preparar-se, isso que eu desejo a todos nesse começo de 2010! E que venham os últimos anos do que hoje conhecemos como sociedade. Para aflorar cada vez mais o caminho do novo, da mudança, da nova era. Da era onde a sociedade será mais humana, mais ligada a natureza, mais social, mais igual em sua diferença.
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E se é 10! o é também o Fórum Social Mundial. Que vem preparando muitos agentes pra essa mudança, que vem questionando, que vem articulando, que vem mobilizando. Rumo a ele que os caminhos novamente se abrem, e depois dele que os horizontes são mais ensolarados de esperança e de vontade de ver o mundo diferente. De construir algo novo. E pra isso, conhecer o que foi, viver o presente e se preparar para o futuro.
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Os caminhos se abrem denovo, e rumo ao novo vôo como aves que migram rumo ao desconhecido: descobrindo o novo, querendo ampliar cada vez mais os horizontes da mente.

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