Israel possui armas nucleares e tentou vende-las, diz jornal inglês
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. De Nazen Carneiro para blog www.nazen.tk
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Antes pergunto se alguém viu isso na Globo.
Á notícia é sobre Israel, porém trata-se – além do contexto da redução do arsenal nuclear no mundo – de toda a questão geopolítica do Oriente Médio.
Possuir a bomba atômica representa poder político, aumento do poder de barganha no cenário internacional e uma certa ‘segurança’ quanto a ameça de ataque por outros estados. Após a segunda guerra mundial os países que possuem arsenal nuclear resolveram manter o direito a este tipo de armamento em seu seleto grupo.
Nao se sabe se Israel usaria seu arsenal nuclear de fato. Mas vale destacar que Israel já iniciou conflitos militares contra o Egito, Palestina, Jordânia e muitos outros (leia mais em Israel Armed Conflicts) e em 2009 atacou com bombas de fósforo branco a população da Faixa de Gaza – proibida durante as Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas,[2] [3] reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas.
As armas de Fósforo Branco matam de forma cruel populações civis, com lesões dolorosas por queimadura química e falência múltipla dos órgãos em questão de minutos.
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Seria o Irã, o real problema? Que atitude pode-se esperar de Israel que “tentou” vender armas nucleares ao regime Apartheid da África do Sul?
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. texto abaixo retirado da Folha de São Paulo
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Documentos comprovam que Israel possui armas nucleares, diz jornal inglês
DE FOLHA DE SÃO PAULO – 23/05/2010 – 22h01
Documentos secretos da África do Sul revelam que Israel tentou vender armas nucleares para o país africano na época do apartheid, configurando-se como o primeiro documento oficial que evidencia que os israelenses possuem arsenal nuclear, informou o jornal britânico “The Guardian”.
Os documentos em questão, diz o jornal, são minutas de reuniões entre membros dos governos dos dois países realizadas em 1975.
Na ata, ministro da Defesa sul-africano na época, PW Botha, perguntou sobre as ogivas e o então ministro da Defesa de Israel, Shimon Peres, ofereceu as armas “em três tamanhos” –se referindo a armas convencionais, químicas e nucleares. Shimon Peres é o atual presidente israelense.
Markus Schreiber/AP
O presidente de Israel, Shimon Peres: segundo os documentos, ele tentou vender armas nucleares para a África do Sul
Os dois ministros ainda assinaram um acordo de cooperação militar entre os dois países, sendo que o próprio acordo continha uma cláusula que determinava o mesmo deveria se manter secreto.
Segundo o jornal britânico, os documentos foram descobertos pelo pesquisador americano Sasha Polakow-Suransky, que estuda a relação entre Israel e África do Sul e escreveu um livro sobre o tema.
O documento é a primeira evidência real de que Israel possui armas nucleares, a despeito de sua política de nem negar nem confirmar que possui este tipo de armamento.
Além disso, a revelação deixa um duplo embaraço diplomático para Israel. O primeiro é que nesta semana haverá discussões na ONU sobre sanções contra o Irã –país adversário de Israel– devido ao programa nuclear do país persa. Os israelenses estão entre os países que mais pressionam pelas sanções. O segundo é que cairia por terra um possívelargumento israelense de que, mesmo que tivesse armas nucleares, seria um país “responsável” o suficiente para mantê-las, uma vez que tentou vender o arsenal para outro país.
As atas das reuniões mostram ainda que os militares sul-africanos desejavam obter armas nucleares para ter um elemento de dissuasão ou até para potenciais conflitos contra países vizinhos.
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** Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geografia[1] ligado às Ciências Humanas, Ciências Sociais aplicadas e Geociências.A geopolítica considera a relação entre os processos políticos e as características geográficas — como localização, território, posse de recursos naturais, contingente populacional -, nas relações de poder internacionais entre os Estados e entre Estado e Sociedade.
O termo “Geopolítica” foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX, inspirado pela obra de Friedrich Ratzel, Politische Geographie (Geografia Política), de 1897.
As teorias geopolíticas costumam considerar o Estado enquanto organismo geográfico, ou seja, partindo do estudo da relação intrínseca entre a geografia e o poder. Método de análise que utiliza os conhecimentos da Geografia Física e da Geografia Humana para orientar a ação política do Estado.
Para José W. Vesentini:
A palavra geopolítica não é uma simples contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de PODER já o diz (poder implica em dominação, via Estado ou não, em relações de assimetria enfim, que podem ser culturais, sexuais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.), não é exclusivo da geografia.[2] |
Para Bertha Becker:
A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fundamental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as disputas eram analisadas apenas entre os Estados. Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras. [3] |
De acordo com Demétrio Magnoli (1969), é a “ciência que concebe o Estado como um organismo geográfico ou como um fenômeno no espaço”.